Nesse artigo vamos listar 5 dicas práticas sobre Criptomoedas que você pode aplicar em 2022. Vamos entender alguns conceitos relacionados a troca, armazenamento e segurança que são assuntos bem delicados, uma que vez que ao entrar neste mercado você se torna o único detentor de seus ativos, ou seja você é o seu próprio banco.
1. Use uma carteira de Criptomoedas Segura
Toda carteira de cripto ativos terá um processo próprio para ser criado, porém são bastante similares, no entanto precisamos aqui definir os tipos de carteiras e somente então você poderá escolher a melhor para seu cripto ativo.
As carteira estão divididas em Software Wallet (Carteira do tipo aplicativo/programa) e Hard Wallet (carteira física ou hardware), vejamos:
As Software Wallet são estas, as mais utilizadas – Exodus Wallet, Atomic Wallet, Metamask, Crypto.com, Uphold.com cada uma delas oferece funções particulares, não abordaremos todas elas aqui, pois poderemos fazer um tutorial para cada uma mais a frente. A maioria delas oferecem opções de juros/stake de uma determinada criptomoeda.
Em resumo você baixar e acessar a carteira, e o processo é basicamente este:
Baixar a carteira desejada – Abrir a carteira – Restaurar ou criar carteira – Criar nova senha e Confirmar nova senha (senha de acesso a carteira também utilizada para confirmar transações) – A Seed Phrase será gerada (palavras semente), são muito importantes guarde-as em lugar seguro (sugerimos cofre). Você irá precisar da seed phrase para restaurar sua carteira em outro celular ou computador
Handwallet – Trezor, Ledge Nano X e KeepKey Wallet, as carteiras físicas possuem maior segurança no que diz respeito ao armazenamento de criptomoedas, tendo até então apenas um caso de hacking ocorrido em 2017.
2. Não armazene suas Criptomoedas em uma exchange/corretora
Pelo menos não utilize a corretora como carteira. Uma exchange/corretora é a empresa responsável por oferecer o serviço de troca de moedas, de moeda A para uma moeda B (troca de Bitcoin por Etherium), por exemplo. Dessa forma, a corretora detém a custódia temporária das finanças que você transfere para lá, ou seja ela irá disponibilizar uma carteira onde você poderá colocar suas criptomoedas.
Um conceito muito importante que você precisa entender é o seguinte: se seu ativo não está em sua carteira pessoal, mas em uma corretora o ativo não é seu (já que vc cedeu o direito de custódia do ativo para realizar trade/troca de moedas), logo seu ativo está sujeito às cláusulas do contrato que você concordou ao se cadastrar nesse serviço.
Com essa idéia em mente o ideal é realizar suas movimentações no mercado dentro da corretora em seguida transferir seus ativos para sua carteira de uso pessoal ou sacar seu valor em banco físico ou em moeda fiduciária, cada corretora cobra uma taxa pelo serviço de trocas/trades, geralmente um valor baixo e bem em conta, mas não custa nada conferir para economizar um pouco.
As exchanges que indicamos e até então parecem ser idônea: Binance, Kraken, Kucoin, Coinbase, FTX
3. Use uma senha forte (mas lembre-se dela)
As senhas são fatores essenciais para a segurança de seus dados, uma senha forte implica no uso de caracteres alfanuméricos e até mesmo nos especiais, dessa forma para resumir é um tormento lembrar de nomes comuns, logo a senha necessita de um cuidado melhor.
Neste caso é necessário ter um método de criação de senhas, além é claro saber como guardá-las de forma segura.
Os browsers atuais oferecem esse serviço de lembrar a senhas, mas mesmo assim é importante ter cuidado, por isso ao criar seus conjuntos de senhas leve em consideração a forma que você irá lembrar ou como irá armazenar essa informação, nesses casos um cofre não me parece uma má ideia.
Em todo caso você pode utilizar nossas dicas abaixo:
- Sua senha deve ter pelo menos 8 caracteres ou mais. Se puder fazer uma senha com 14 caracteres já é muito bom;
- Como dito antes, é bom usar caracteres alfanuméricos, em detalhes significa utilizar letras maiúsculas, minúsculas, números e até símbolos. Mas lembre-se da senha ou armazene em local seguro;
- O uso de palavras comuns já se provaram inseguras, por isso evite isso, mesmo escritas de trás para frente, escritas erradas, abreviações e etc. Não é fácil, mas é melhor que tomar um prejuízo;
- Evite utilizar sequências do teclado, sequências de números também são de fácil quebra;
- Não use seu nome, nome de familiar, conhecidos ou pets. Número de CPF ou RGs esse tipo de senha se quebra com uma simples engenharia social.
4. Use 2FA
2FA é a autenticação de 2 fatores, é um processo pelo qual há a combinação de 2 ou três fatores, dessa forma você insere sua senha pessoal combinada com a autenticação de um outro aplicativo no qual você está previamente logado. Por exemplo:
- Sua senha mais Google Authenticator (um app do google que gera grupos numéricos de 6 dígitos de forma randômica durante alguns segundos);
- Sua senha mais um código enviado ao seu email pessoal;
- Sua senha mais Google Authenticator, mais Código via SMS, mais Código via Email (método utilizado pela Binance).
Tudo isso para evitar fraudes e danos ao usuário, esse passo a passo é muito chato na realidade, porém se faz muito necessário
Em resumo pode ser utilizado aquilo que o usuário sabe ou possui:
- sabe: a senha, número de id pessoal (código PIN), resposta a uma pergunta secreta;
- possui: keystore, um token, um telefone celular, um USB
- dados: reconhecimento de face, voz, biometria, biometria comportamental, impressão digital, retina ou íris.
Para ser mais claro, se o usuário possui um cartão de banco(possui) e uma senha/PIN (conhece). Essa é a autenticação de dois fatores.
Por isso sua denominação mais comum é autenticação de dois fatores, autenticação forte, verificação em duas etapas ou 2FA.
A 2FA utiliza até dois de três fatores para poder autenticar um usuário. A autenticação multifatorial faz uso de múltiplos fatores (MFA), podendo usar dois ou mais destes fatores de autenticação.
5. Mantenha suas chaves privadas seguras
As chaves fazem parte da tecnologia criptográfica o que torna seus ativos seguros. O sistema pode ser dividido em chave pública e chave privada.
O sistema funciona da seguinte forma: criptomoedas como Bitcoin e Ethereum são ativos descentralizados, em resumo não é gerido por um banco ou instituições para deter seu ativo digital.
Os ativos são distribuídos pelos usuários da rede de computador, a distribuição desses ativos ficam registrados em blockchain, que nada mais é que um livro registro de todas as transações realizadas com criptomoedas.
As blockchains são abertas, todas as informações de chave pública são visíveis por qualquer pessoa.
A mineração ocorre após a resolução de cálculos complexos, onde a geração da chave pública é criada através da chave privada e quando há correspondência. Quando você utiliza sua chave pública para realizar uma transação, sua chave privada prova quem você é
Como falamos anteriormente os registros de dados de transações são públicas, porém seus dados pessoais (nome, idade, cpf e etc), são anônimos. Isso ocorre porque você detém uma chave privada que prova que o ativo pertence a você, porém funciona como um título ao portador, se você for hackeado ou perder a chave, o detentor da chave pode utilizar ou apropriar-se dos seus ativos.
Por esse motivo, incentivamos nossos leitores a manter suas chaves privadas seguras e acessíveis apenas para um usuário, ou se não você estará por sua conta em risco.
Qualquer indivíduo pode pode verificar as transações realizadas com Bitcoin, compra ou venda, mas somente quem tem a chave privada pode manipular os ativos descritos no livro de registro.
Você pode estar se perguntando onde eu consigo essa chave privada ou onde ela está?
Com a tagcriptomoedassegurança